quarta-feira, 8 de agosto de 2012

E hoje tem mais!

A primeira sessão de hoje é às 16h, nela teremos dois documentários: Na Casa de Rio Vermelho (10min) e Jorge Amado (43min)

Na segunda sessão, às 18h, exibiremos Tenda dos Milagres (132min).
Abaixo, um pouco sobre cada filme.

Na Casa de Rio Vermelho
A partir de 1972, em parceria com o cineasta David Neves, Fernando Sabino, criou a Bem-Te-Vi Filmes a fim de documentar vida e obra de alguns dos maiores criadores da literatura nacional. Figuras como Carlos Drummond de Andrade, Érico Veríssimo, João Guimarães Rosa e outros titãs nas letras brasileiras passaram pela câmera orientada pela dupla. Por sua importância qualitativa (como criador de um universo de tipos únicos) e quantitativa (em vendas de livros aqui e no exterior), Jorge Amado também entrou para o rol de documentados por Sabino. "A casa do Rio Vermelho" extrapola a noção de curta-metragem biográfico, indo além do tradicional retrato das características mais folclóricas ou anedóticas de seu documentado, concentrando-se em seu ambiente de vida e de trabalho. O personagem central da produção não é o autor e sim sua residência em Salvador, onde ele viveu ao lado de Zélia Gattai, cercado dos filhos, netos e amigos.

Jorge Amado
Em meados dos anos 1990, no auge de sua produção documental para a televisão, João Moreira Salles realizou um média-metragem sobre o impacto da literatura de Jorge Amado dentro do Brasil e para a consolidação do imaginário brasileiro no exterior. O título de seu documentário leva o nome do escritor baiano, pois se preocupa em detalhar o pensamento do escritor para além de suas palavras, para além de sua estética. O filme mostra o quanto Amado ajudou o Brasil a assumir sua mestiçagem cultural. Em depoimentos, Amado assume as críticas à sua obra como um estímulo. "Uma vez, na tentativa de diminuir minha obra, um crítico disse que eu era um escritor de putas e vagabundos. Nunca recebi um elogio maior", diz ele ao filme, que põe Zéli Gattai como uma figura crucial para o equilíbrio de Amado na vida e na arte.

Tenda dos Milagres
Escrito em 1969, numa mistura de prosa etnográfica e delírio místico, o livro ganhou as telas a partir de uma adaptação de Nelson Pereira dos Santos. Hugo Carvana, como Fausto Pena, entra em cena alardeando mil conhecimentos acadêmicos de ciências políticas e sociais, abrindo espaço para uma discussão entre a intelectualidade e o sincretismo de batuques afros. Na trama, que procura sintetizar as reflexões culturais da prosa de Amado, Fausto Pena é uma das figuras que cruzam o caminho do bedel Pedro Archanjo (Juarez Paraiso), defensor do direito dos negros e de seus entes divinos.

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